quarta-feira, 21 de julho de 2010

Aprendendo a lidar com meu corpo

Um novo seio e todas as dificuldades que vem com ele. Ainda não consegui deixar de sentir dor. Pelo visto continuo com muito líquido acumulado e isso me deixa completamente desconfortável. Estou colocando gelo direto para ver a possibilidade de melhora, mas infelizmente não é tão rápido como eu gostaria.

Tudo vem na cabeça de uma só vez, o meu dia a dia interrompido no aguardo da resolução de todo o resultado da cirurgia. A vida da minha família meio que em suspenso até que tudo seja resolvido, e essa dor que não me deixa no melhor dos humores. Tenho fé em Deus e nos meus médicos que mais cedo ou mais tarde tudo vai voltar ao normal para que a vida siga o seu rumo.

domingo, 18 de julho de 2010

Mais um final de semana de recuperação

Mais um domingo de recuperação. Mesmo com a retirada do dreno ainda estou muito dolorida e até um pouco irritada pelo desconforto contínuo. O sono é a minha principal fonte de energia e para falar a verdade acordo  a noite toda aguardando o amanhecer para que possa levantar e me sentar e quem sabe sentir menos dor pelo movimento. 

Bom é saber que cada dia melhora um pouco e que daqui à pouco estarei  falando de tudo que aconteceu. Na segunda vou fazer pela primeira vez uma drenagem para desinchar o seio e com certeza aliviar a dor.

No domingo recebi visitas e ligações de vários e queridos amigos e família. Agradeço a Deus por tê-los por perto.

sábado, 17 de julho de 2010

Pensamento

"Não podemos fazer muito sobre a extensão de nossas vidas, mas podemos fazer muito sobre a largura e a profundidade delas." (Evan Esar)

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Sem dreno mas, ainda muito doída


Coloquei essa fotinho da estrada iluminada para me dar um pouco de ânimo, conseguir pensar que acabei de dar um passo (ontem quando tirei o dreno) e outros serão dados diariamente. Eu até que não me considero uma pessoa fraca, mas agora, quando dei por mim estava mal. Cheguei ontem da consulta com a minha cirurgiã plástica (Dra. Rosane), que faz tudo parecer sempre tão simples, rápido e indolor, em cinco minutos acho que já estava sem o dreno, mas falando sério, foi muuuuuuuiiiiiito chato, acho que só não pude reclamar mais por que a felicidade de ter tirado já me deixava animada. Cheguei em casa meio moída. Minha noite continua sendo péssima, não sei se caio no sono por cansaço ou por desistir de sentir dor no peito operado. Tento dormir no início da noite de lado, pois assim é como estou acostumada mas, no meio da noite quando tento me virar já acordo sentindo muita dor.

Minha médica disse que estava tudo bem,  apenas o seio ainda muito inchado e o braço deveria estar abrindo mais (pelo menos até 90 graus). Tenho que eu mesma fazer uma massagem no sentido das axilas para diminuir o inchaço, mas sinceramente é um horror quando você já está com dor no seio, ainda fazer massagem. Sei que tenho que fazer e que é para a melhor recuperação do seio, mas tá brabo.

Vou tentar me animar um pouco, hoje vou tomar meu primeiro banho de chuveiro após a cirurgia, quem sabe vou me sentir melhor, mas não sei por que nem de onde veio essa minha tensão toda, só sinto vontade de chorar (mesmo sabendo que o pior já passou).

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Uma semana de dreno.....até que enfim tiro hoje (15 de julho)

Nem estou acreditando que hoje já vou poder tirar o dreno, apesar da dúvida de "como será", afinal é algo que ainda está lá e deve sair. Mas, acho que a  alegria de ficar livre dessa necessidade pós operatória é maior que todo o receio. Aos poucos vou superando passo a passo todas as intempéries da doença e acho que conseguindo tirar de letra.

O mais interessante nisso tudo é que depois que descobri o câncer mudei completamente a minha forma de pensar, ajir e ver a vida. Cada pequena atividade do dia a dia toma uma proporção maior, você repara detalhadamente o valor de todas as coisas que você faz. O frescor de um banho tomado e a independência de você poder circular confortavelmente nem que seja pela sua casa, que nesse momento tem um valor inestimável. Eu sempre adorei minha casa, sempre senti nela um lar, meu porto seguro, graças a Deus estar aqui só me fortalece.

Hoje à noite ou amanhã falo sobre a retirada do Dreno, que vou com a minha dupla dinâmica, maridão e filhota(Zé e Ju).

sábado, 10 de julho de 2010

Mensagem de Chico Xavier

A gente pode morar numa casa mais ou menos, numa rua mais ou menos, numa cidade mais ou menos, e até ter um governo mais ou menos.

A gente pode dormir numa cama mais ou menos, comer um feijão mais ou menos, ter um transporte mais ou menos, e até ser obrigado a acreditar mais ou menos no futuro.

A gente pode olhar em volta e sentir que tudo está mais ou menos...

TUDO BEM!

O que a gente não pode mesmo, nunca, de jeito nenhum...
é amar mais ou menos, sonhar mais ou menos, ser amigo mais ou menos, namorar mais ou menos, ter fé mais ou menos, e acreditar mais ou menos.

Senão a gente corre o risco de se tornar uma pessoa mais ou menos.

Sábado, a recuperação é inevitável......Graças à Deus

Primeiro sábado depois da operação ( que ocorreu na quarta) já consegui dormir melhor de sexta para sábado, o sono ainda muito interrompido, meu corpo não consegue ficar na mesma posição uma noite inteira. É engraçado quando reparamos como nos adaptamos a certas coisas e quando é preciso mudá-las é tão...tão difícil.

É assim que eu sinto tentando me adaptar a deixar de fazer as coisas, estar tão impotente física e mentalmente falando. Por algum tempo não consigo organizar a casa e a vida da família para que esta siga no seu eixo, mas por incrível que pareça eles seguem mesmo assim e me ajudam cada vez mais.

Ainda me sinto muito presa, sem realmente conseguir fazer as coisas direito e sozinha. Mas tenho a tranquilidade na minha cabêça de que pelo menos tudo foi resolvido.

Não vou poder nunca deixar de pensar no bem que as pessoas estão fazendo para mim. Zé (maridão) e Ju (filhota) amados que estão sempre ali para me dar apoio, ajuda, da forma mais natural possível. Agradêço todos os dias por tê-los ao meu lado.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Já em casa no dia seguinte, de quinta para sexta feira, já um pouco melhor...vai passar

Muito chatinha essa chegada em  casa com esse dreno pendurado, meu corpo todo dói, não tenho posição pra nada, dormir tá difícil, banho impossível, somente aquela limpeza fora do chuveiro........sem vontade de fazer nada. Acho que deve ser normal, hoje sexta feira já está levemente melhor. Hoje só deu pra escrever isso.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Depois de toda a confusão, vou operar amanhã dia 7 de julho

Melhor não passar todos os detalhes mas, depois de ter que continuar gerenciando os problemas com próteses, médicos, planos de saúde e hospital, consegui graças a aquelas pessoas que me são muito queridas resolver tudo, foram várias frentes que foram abertas para a resolução dos problemas, ajudas não pararam de aparecer e devo a cada uma dessas pessoas a minha operação e serei sempre grata.

Meu lucro depois de tudo, é que a operação em si não me preocupa mais, e sim poder fazê-la, resolver o mal que me atacou no seio esquerdo e que será tirado amanhã sem falta.

Obrigado especial a minha irmã, a minha cunhada, a  associação que regula meu plano de saúde ( que guerreou incansavelmente desde os primeiros problemas ), ao resposável pelo departamento de próteses do Hospital Pasteur (que já se tornou meu amigo), e ao meu marido que está presente e lutando ao meu lado. A minha filha que também participa,  se preocupa, e chopra ao meu lado, se preciso for.....

Obrigada pelas orações e energias positivas daqueles que me amam.

Depois entro novamente depois da cirurgia.

Hospitais, pacientes e o problema da cobertura dos planos

Nota-se que o consumidor encontra-se de certa forma protegido, desde que se socorra junto ao Judiciário

A precariedade do serviço público de saúde brasileiro impôs aos cidadãos mais favorecidos a utilização de serviços médicos prestados por particulares, especialmente através dos planos de saúde.

Em vista desse quadro caótico da saúde pública, não se pode negar que a atividade explorada pelas operadoras de planos ou seguros de saúde é de grande repercussão social, vez que a cada dia que passa, mais e mais brasileiros aderem a este tipo de serviço, visando a proteção e a segurança contra os riscos que envolvem sua saúde e de sua família.

Todavia, mesmo se valendo dessa opção, o brasileiro ainda encontra dificuldades quando precisa tratar de sua saúde. Além do alto custo das mensalidades e dos reajustes anuais da carteira, um dos mais sérios problemas enfrentados pelo paciente credenciado a um plano de saúde é a cobertura dos serviços a serem prestados.

Leia a matéria completa AQUI.

O papel do Judiciário nos problemas gerados pelos planos de saúde

Conclusões encontradas em um site, matéria de Fernanda Marques da Agência Fiocruz de Notícias. No final das contas não se acha nada de paupável, se eu achar coloco aqui.

No imaginário social, o setor privado de saúde é considerado de maior qualidade – uma ideia que é reforçada pelas estratégias de marketing ao enfatizarem a comodidade do acesso aos serviços particulares e seus modernos recursos terapêuticos e de diagnóstico. Na prática, porém, esses serviços também deixam a desejar, conforme demonstra a grande quantidade de ações na Justiça pleiteando a reparação de danos causados pela falta de atendimento ou pela má qualidade na assistência privada à saúde. Ainda são poucos os estudos sobre ações judiciais e planos de saúde, mas um artigo recém-publicado no periódico Cadernos de Saúde Pública amplia a discussão sobre os problemas enfrentados pelos consumidores de planos de saúde e o papel do Judiciário a respeito da questão.

As reclamações dos consumidores devido às exclusões de coberturas, aumentos abusivos, longos períodos de carência, rescisões unilaterais de contrato e limitações de internações tornaram-se frequentes no setor suplementar, com reflexos sobre o Judiciário”, destaca o artigo, assinado pelos pesquisadores Ligia Bahia e André Feijó Barroso, do Laboratório de Economia Política da Saúde da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e Danielle Conte Alves, da Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz. Segundo os autores, a regulação do setor privado de saúde teve início com a promulgação da Lei nº 9.656, de 1998, e aprofundou-se com a Lei nº 9.661, de 2000, que criou a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

“Um dos desafios que a ANS enfrenta é a resistência das operadoras de planos de saúde perante a legislação, além do fato de ainda existirem planos não regidos pela lei que regulamenta o setor. Essa reação tem ocasionado várias divergências entre operadoras e a ANS, gerando, consequentemente, conflitos judiciais. Dessa forma, um dos meios disponíveis para que o consumidor de planos de saúde obtenha um direito perante a Justiça é o pedido de tutela antecipada”, explicam os pesquisadores. Ao conceder a tutela antecipada, o juiz propicia ao usuário do plano de saúde usufruir, de imediato, os resultados pretendidos. Em linhas gerais, para a concessão dessa tutela, o usuário precisa demonstrar que seu pedido encontra abrigo na legislação em vigor e que a demora no julgamento do caso pode provocar dano irreparável ou de difícil reparação, como agravar seu estado de saúde ou mesmo colocar sua vida em risco.

Planos de saúde ajudam ou atrapalham

Novos problemas com a Amil......a cirurgia foi liberada, mas as próteses não, isso deve ser alguma brincadeira. Já coloquei várias pessoas no circuito, vamos ver o quanto consigo resolver até por que a cirurgia está marcada para amanhã.

domingo, 4 de julho de 2010

Último domingo antes da cirurgia, quarta está chegando

Mais um lindo domingo de sol me faz feliz!! 
Até que esse atraso da cirurgia me deixou um pouco mais calma, parece que passar mais tempo sem encarar o problema de frente não foi de todo ruim.  Espero que consiga manter essa serenidade para enfrentar o que vem pela frente.  Às vezes me dá muito medo e não consigo imaginar meu corpo diferente do que é,  essa mudança depois de  longos anos que você cresce,  amadurece e aprende  a gostar de cada detalhe do seu corpo, a se dar valor e se amar acima de tudo.  Engravidar, ter a minha linda filha e ver  todas as transformações que acontecem no meu organismo como uma coisa normal da natureza feminina, amamentar, crescer mais e mais como mulher se redescobrindo a cada ano que passa. Agora é enfrentar o que está por vir e tentar se redescobrir novamente, a parte de mim que for retirada vai voltar e quero estar mais e mais forte,  agradecendo a Deus por conseguir retirar o mal literalmente pela raiz.